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Sobre Cametá

Postado por Site/Blog da FAMILIA VULCAO

Conheça um pouco a História!

Cametá situado à margem esquerda do Rio Tocantins, linha do seu território habitados por nativos denominados de “Caamutás”. Em seu território habitavam outras tribos, todos pertencentes ao grupo étnico dos Índios Tupinambás.
A denominação Cametá, de origem
Tupi, relaciona-se ao fato dos Índios Camutás, construírem nos troncos das árvores casas para espera de caça, conhecida também como “Caa-muta”, que em linguagem nativa, significa armação elevada de copa de árvore, pois “Caa” é explicado como Mato, floresta ou bosque e “Muta” como degrau, armação ou elevação.
Logo depois da fundação da cidade de
Belém, os colonizadores foram atraídos pelas riquezas da região do Rio Tocantins. Apesar das lutas entre portugueses, franceses e holandeses, empenhados na conquista da Calha Amazônica, os portugueses utilizando-se da cruz e da espada fixaram-se à margem esquerda do Rio Tocantins por primeiro.
Em 1617, Frei Cristóvão de São José, religioso dos Padres Capuchos da Ordem de Santo Antônio, sobe o Rio Tocantins, desembarcando “numa margem de terra à esquerda do Rio”. É o início da civilização Cristã entre os índios Camutás. Agindo com persistência e paciência, atrai a tribo para próximo da ermida que havia construído, começa então a ser habitada as terras que Frei Cristóvão havia desbravado. Assentando os alicerces de futuras capitanias o
Capitão-Mor Feliciano Coelho de Carvalho, no ano de 1632, organiza uma expedição para combater os estrangeiros que invadiam a região. Dois anos depois, em 1634, o Governador da Província, criou a Capitania de Cametá em favor de Feliciano. O povoado é elevado à categoria de Vila, com o nome de Vila Viçosa de Santa Cruz de Cametá, em 1635, tendo como Santo Padroeiro São João Batista.
De Cametá saíram varias expedições exploratórias, como a de Pedro Teixeira em 1673 com o Padre Antônio Vieira. No começo de século XVIII, verificou-se a mudança da Vila do local onde foi erguida inicialmente, para onde hoje está a cidade, lugar chamado pelos
índios de Murajuba, por causa do fenômeno natural da erosão de sua ribanceira (margem).
Em 21 de Outubro de 1848, Cametá obteve o status de cidade.
Em 1823, ocorriam no Pará lutas entre nacionalistas e conservadores, pois os portugueses, continuavam a assumir os cargos de maior expressão no Governo da Província. Vários motins se sucederam, ora dirigido por uma corrente, ora por outra. Nesse mesmo ano, ocorre um fato que vem acirrar mais ódio dos “nativos” contra os estrangeiros, que teve como principal inspirador o Oficial inglês
John Pascoe Grenfell, com as mortes ocorridas no “Brigue Palhaço”.Elevando ao auge o descontentamento dos Nacionalistas, nascendo assim a Cabanagem, explosão cívica de maior repercussão revolucionária na História da Amazônia e do Brasil Regência.
A cidade de Cametá teve o papel destacado, durante todo o movimento, foi de Cametá que o Dr. Ângelo Corrêa, foi a Belém, atendendo ao chamado do Governo Cabano chefiado por Antônio Vinagre, para assumir a presidência da província, após uma série de desentendimentos, não pôde assumir o governo. E retorna a Cametá onde toma posse do cargo perante a Câmara Municipal. Assim, por um breve período, Cametá foi a sede do Governo da Província. Convém ressaltar que o Município sempre teve destacado papel na história do
Pará.
Nas últimas décadas o Município passou por alguns ciclos econômicos, daqueles típicos da Amazônia. Assim, se favoreceu bastante dos ciclos da borracha e do cacau, mas o último com bastante importância foi a época da
pimenta-do-reino, embora não caracterizada como tal. Esses ciclos favoreceram algumas melhorias nas condições de vida da população.
Apesar da cidade de Cametá ter sido declarada Patrimônio Histórico Nacional poucos são os benefícios advindos disto. Não é visível a preservação dos prédios públicos e particularmente de valor histórico no Município, a Câmara Municipal está praticamente em ruínas. Alguns documentos históricos estão no Museu de Cametá, embora sem catalogação. Parte do casario antigo da primeira rua foi demolido ou vitimado pela erosão que já desgastou muito a orla da cidade. Ainda há a destacar prédios seculares como as igrejas de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro na Aldeia e a Matriz, o Grupo Escolar D.Romualdo de Seixas e a Prefeitura. Esses prédios integram um roteiro turístico chamado de Museu Contextual, organizado pela Secult.
Agora com a tão ansiada energia elétrica de
Tucuruí, gerada pelas usinas que represou o Rio Tocantins, busca-se atrair capital para geração de renda e produção na cidade e vilas que também foram beneficiadas.
Um exemplo para este movimento é a fazenda Dulluca que através da
fruticultura busca geração de trabalho e renda para a comunidade livramento onde está situada. Atualmente, algo que traz muita renda para a cidade é o carnaval, conhecido como o melhor de todo o Pará. Bastante cultural e alegre, o carnaval de Cametá chega a dobrar o número de habitantes.

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